domingo, 9 de maio de 2010

"POR QUE UM CORVO SE PARECE COM UMA ESCRIVANINHA?"


Fui indagado no Orkut pela questão:


"POR QUE UM CORVO SE PARECE COM UMA ESCRIVANINHA?"

Uma questão interessante posta pelo Matemático Carrol em seu livro "Alice no país das maravilhas", alguns dizem que seria esta uma questão sem resposta; porém eu como matemático não poderia deixar de contribuir com uma interpretação para esta questão:

Tanto o corvo como a escrivaninha não possuem uma "afeição capaz de gerar uma inspiração", no entanto na atividade do corvo pode-se observar um vôo alto, e uma capacidade de encontrar o que se procura mesmo sem ter a melhor visão como a da águia, o corvo se eleva e atinge seu objetivo mesmo sem ser o mais apto; Na atividade de uma escrivaninha ocorre o estudo, e o empenho de um estudante em sua atividade de estudo pode o elevar de tal modo que este possa atingir seus objetivos, mesmo sem possuir o raciocínio mais aguçado!".

Lewis Carrol ( Um matemático brilhante que desenvolveu parte da Teoria das probabilidades que utilizamos na Biologia como "Azão azinho...") sabia que o melhor modo de difusão de uma de uma filosofia seria através da literatura infantil por estar na base da formação das personalidades (Leontiev) e conseqüentemente na formação da idiossincrasia dos indivíduos.

Neste texto Carrol introduziu inúmeros conceitos matemáticos de modo “subliminar”, aferindo sobre estilo de vida que hoje vivenciamos, no que se diz “A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO”, onde se corre para não sair do lugar ( i.e. formação constante) e onde o tempo “se torna escasso” na “correria” que a sociedade moderna gera.

Particularmente, neste episódio Carrol foi enfático na questão da importância do estudo, não só nesta questão sobre a semelhança da escrivaninha com o corvo mas também quando se comenta sobre a lição de casa exatamente no mesmo episódio.

Na matemática não existe um problema sem resposta, simplesmente existem problemas cujas respostas ainda não foram encontradas, e Carrol foi também brilhante neste enigma, pois sabe-se que o estudante com o raciocínio mais hábil não atingirá seus objetivos se não organizar seu tempo e se dedicar em “uma escrivaninha”, enquanto que o estudante que organiza seu tempo, e mesmo sem possuir o raciocínio mais hábil, pode voar alto e atingir seus objetivos, de acordo com seu empenho “em uma escrivaninha!”.

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